sábado, 19 de março de 2011

Ubatuba Regredindo em Todos os Sentidos

Não há necessidade de fazermos grandes pesquisas para constatar que a troca de paralelepípedos por asfalto é uma das idéias mais absurdas que alguém pode ter. Seja do ponto de vista da impermeabilização do solo, seja do ponto de vista estético e arquitetônico, seja pela conservação, é fato incontestável que não há o menor sentido em se fazer tal substituição. Os textos abaixo demonstram que a administração municipal de Ubatuba está totalmente desinformada.

Cidade Histórica troca asfalto por paralelepípedos (em 2007)

"A medida, além do objetivo de adequar o piso das ruas às características histórica de cerca de 90 casarões centenários que existem no local, foi tomada para melhorar as condições de drenagem. Na rua do Carvalho, por exemplo, uma das mais antigas da cidade, o asfalto esburacado contrasta com o cenário dos idos de 1700. E o solo impermeabilizado pelo asfalto já colaborou por diversas vezes para inundações no centro histórico no período das chuvas" (clique aqui para ver a íntegra da publicação - Redação Terra)


Asfaltar paralelepípedos não é progresso (em 2009)

O asfalto, no Brasil, não é apenas um material: é um símbolo de uma certa idéia (retrógrada) de “progresso” que se impõe contra todas as evidências.

Desvantagens naturais do asfalto

Agora, mesmo que a prefeitura fosse fazer um serviço de primeiro mundo, ainda assim não terá valido a pena. Primeiro, porque é da natureza da pavimentação asfáltica deteriorar-se em relativamente pouco tempo (o que, em países civilizados onde as empreiteiras fazem o serviço de acordo com especificações técnicas adequadas, não é tão pouco tempo quanto o pouco tempo daqui). A função do asfalto é aumentar o conforto e diminuir o consumo de combustível dos veículos. Portanto, ele deve ser relativamente contínuo, com o mínimo possível de juntas, e relativamente macio (comparem o que é dirigir no asfalto e dirigir em pistas de concreto).

Portanto, duas deformações naturais (inevitáveis) do asfalto são aquela causada pela dilatação térmica (agravada pelo asfalto ser preto, e resultando em fissuras quando da contração correspondente), e a causada pela tração dos veículos (deformações e os conseqüentes buracos surgem primeiro nos pontos de freada e aceleração mais freqüentes). Claro que uma drenagem pluvial mal projetada ou executada piora o problema dos buracos, tanto quanto um substrato mal feito. Em resumo, mesmo em condições ideais de projeto, execução e uso, as ruas asfaltadas precisam ser recapeadas (quando não inteiramente refeitas) com bastante freqüência. (clique aqui para ver a íntegra da publicação - Ábaco Arquitetura e Design Ambiental)
Se o asfalto não é a melhor opção para Ubatuba, para quem ele convêm e por que? Com a palavra aquele que nunca sabe de nada e que não honra sua palavra, ou seja,  o até então prefeito de Ubatuba Eduardo de Souza Cesar.

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2 comentários:

  1. Nesta cidade onde existem avenidas "asfaltadas" estão em péssimo estado de conservação,ex. Av. Rio Grande do Sul e a continuação Av. Pacaembú, atras do aeroporto, os remendos das operações TAPA BURACOS com material de péssima qualidade, são piores que qualquer coisa, mas a PREFEITURA vai asfaltar onde não deve, onde é preciso NADA!
    Mas o que vamos esperar de uma gestão tão incompetente!

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  2. Enquanto o Prefeito (de Ubatuba) desmancha o que está feito ,e o porque ninguém sabe e nem fomos consultado, está esquecendo de rever os antigos pedidos e processos que estão engavetados ,sobre reivindicações para arrumar minha rua (confira no meu blog).E nós que pagamos os impostos, IPTU, e moramos nesta cidade, não temos o privilégio de ter uma rua decente, Tudo bem que os Turistas mereçam , mas e nós ? Gostaria de saber o porque somos tão desprezados pelo Sr.Prefeito?

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