sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Sete vereadores votam contra apuração de recebimento de propina por Bulgareli em Marília SP

Fonte: Matra

Na última Sessão Ordinária do ano, realizada na segunda-feira passada, a Câmara Municipal rejeitou, por sete votos a seis, o pedido de abertura de uma Comissão Processante que poderia cassar o prefeito Mário Bulgareli devido ao seu suposto envolvimento na cobrança de propina para compra da merenda escolar em Marília.

A Sessão foi acompanhada por aproximadamente 300 pessoas que ocuparam as galerias do Plenário usando nariz de palhaço e empunhando faixas e cartazes.

Sob vaias e gritos de “Corrupto, ladrão. Cadeia é a solução” e “Vergonha”, um a um, os vereadores Herval Rosa Seabra, Eduardo Gimenes, Pedro do Gás, José Carlos Albuquerque, Donizeti Alves, César ML e Yoshio Takaoka votaram contra a Comissão.

Já os vereadores Mário Coraíni Júnior, Wilson Damasceno, Sydney Gobetti, Júnior da Farmácia, Eduardo Nascimento e Marcos Custódio foram favoráveis e receberam calorosos aplausos dos presentes.

Para a MATRA, os vereadores que se opuseram a abertura da Comissão não cumpriram uma das funções para a qual foram eleitos: a de fiscalizar o Poder Executivo.

Ao se omitirem da tarefa de averiguar o suposto pagamento de propina ao atual prefeito e a seu antecessor, Abelardo Camarinha, também acusado de envolvimento no esquema, esses sete vereadores se tornaram moralmente corresponsáveis pelos crimes cometidos.

A MATRA parabeniza todos os marilienses por saírem da apatia e manifestarem seu repúdio aos vereadores que se negaram em apurar as graves denúncias que recaíram sobre seus representantes.

Entretanto, para a entidade, na última segunda-feira, Marília pode sim ver o julgamento político de Bulgareli, Camarinha e desses vereadores. Os manifestantes que compareceram à Sessão da Câmara exerceram brilhantemente sua cidadania e, com certeza, jamais esquecerão o nome daqueles que negaram aos marilienses o direto de ver seus representantes julgados pelo Legislativo.

Resta agora aguardar a decisão da Justiça.

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